quinta-feira, 29 de setembro de 2011




A FALTA DE SEUS LÁBIOS...






Porque parece que nem uma boca se encaixa

Como se fosse um desenho abstrato onde nada se entende

Te busquei em outros lábios

Sem provar seus lábios

E mesmo assim nenhum se encaixa

Nada coincide, era só você, e nem era pra ser

Você foi uma brisa suave,

Que era pra ter passado

Mais porque não foi?

Porque não passou?

Porque me falta você?

Porque falta  meu “eu”, no meu egoísmo de querer me entender

Vou viver sempre incompleta, pela metade, esperando pra tocar no seu rosto.

E ouvir sua voz, coisas que eu não vou encontrar em outros lábios.

Só vou me ferir mais e mais, mais sou forte aguento mais essa.

Só não sei ate quando... Ate quando.


sábado, 3 de setembro de 2011




SALTO AGULHA


O som do salto no asfalto
É noite... Um corpo caído no escuro
Na rua... Olhos abertos
Já não há ultimo suspiro
Já não há mais vida
Não houve tiro, nem grito.
Não houve dor, ou houve?
Os lábios estavam marcados de batom
Vermelho...
Nos olhos moribundos havia um brilho
Quase romântico
O corpo envolto em um mar vermelho
Ele foi ferido no coração
Por que feriu um coração, e pagou o preço.
O salto agulha ainda esta cravado em seu coração boémio
E não restou mais nada, além dos seus olhos brilhantes.



 VIRTUALMENTE
Lá fora tem cores, que fogem ao meu preto e branco.
Tem gosto, que se destacam no amargo da minha boca.
La fora o sangue corre, os sonhos vibram.
La fora tem cheiro, tem falas.
Aqui no meu mundo, só existe as teclas do meu teclado frio.
Sem alma, vivendo uma vida em 3D, aquela que acredito ser a
real.
Mais que não passa de um escudo deprimente,
Meus olhos só enxergam as cores e o mundo dessa tela virtual
Enquanto tudo lá fora floresce, aqui eu me entupo de café e
cigarros.
Ou então um destilado bem forte, pra esquecer que estou só.
Me escondo aqui, do mundo real
Me protejo no mundo que eu inventei, e que tanto me feri
Na tela as lágrimas ainda são reais
Só não são reais as promessas, essas nunca são.
Nessas  todos os dias eu juro não acreditar mais,
 mas sempre armo pra mim
A mesma armadilha, e acredito que as lágrimas são somente
virtuais.
Mais não são, nem o coração, nem a alma.
Nada é cibernético... tudo é real, de carne e osso
 sonhos desfeitos, e promessas em vão.