terça-feira, 24 de abril de 2012



Além

Olho a noite lá fora
Esta tão serena,
O som dos carros
As luzes de neon
Seu riso ecoa pela casa... Vazia
Sinto seu cheiro... Meus olhos te buscam
Sem te encontrar.
Sua voz em meu ouvido... Alucinação
Fecho os olhos, não é tarde de mais.
Sinto suas mãos... Sinto seu hálito em meu pescoço
Não me deixe só. Nessa casa vazia
Sozinha,
La fora nada mudou, eu não sei que dia da semana é
Eu não sei mais oque eu sou, estou aqui.
No meio de suas roupas e suas fotos
Implorando para o tempo não ser tão cruel
E passar logo, sem dores.
Estou na minha cama, e seu lugar esta vazio
Então eu fecho os olhos, e te sinto.
Adormeço, sem lagrimas.
Eu amo você.




Nosso Verão


Tarde quente, de fim de primavera.
Te faço promessas, impossíveis
Mais tudo e valido,
Você segura minhas mãos, e promete amor eterno.
Eu olho em seus olhos e por mais que eu saiba
Que não duraremos esse verão,
Eu acredito nesse nosso amor infantil.
Folhas secas voam pelo ar,
Há cheiro de grama, e sua saliva mata minha sede.
E bom encostar em você
E te ouvir contar sobre o universo,
Nossos signos não combinam
Mais quem quer eternidade?
Eu quero me perder a cada suspiro seu,
A cada golfada de ar que entra em seus pulmões
Só quero amar você,  enquanto ainda e possível
Por mais que seja somente nesse verão,
Quero enroscar meus dedos em seus cabelos
E dormir em seu peito, ate terminar o sonho.






Sozinha


Eu sigo, caminhando.
Passos apressados tenho pressa de tudo e de nada
Não há ninguém que me espere pra jantar
Nem uma mão que segure a minha
No cinema, em um filme de terror.
Não tem um peito no que eu possa adormecer
Ou uma boca que me tire a ansiedade
Não há uma voz pra perguntar como foi meu dia
E pra dizer que tudo vai melhorar,
Eu caminho... Vejo pessoas
Invejo casais, mesmo em suas brigas.
Leio livros de romance
E romanceio meu mundo,
Fingindo, que não estou tão só.
Nessa noite, no mundo.



segunda-feira, 23 de abril de 2012




Pecado Não há



Penso que no amor
Assim como em um poema
Todo sentimento e valido
E nada e pecado,
Tudo e perdoável
E a dor, por mais dolorida que seja.
Ainda assim e doce
Ainda assim e bela
Mesmo o sangue das amarguras vividas
E belo, e aceitável.
E nada e pagão, não existe inferno.
Encontra se o paraíso
Nos olhos do outro
Nas linhas da pagina
E tudo ganha um sentido,
Tudo faz se novo
Você e meu doce poema, imaculado
Sem pecados.


domingo, 22 de abril de 2012




Obsessão



Minhas noites, vazias da sua presença.
Sua voz feita de fel
A forma com a qual você, me diminui sempre.
As marcas que você deixou em meu corpo
Um copo de uísque... Sem gelo.
Um cigarro fedorento impregna o ar
Deixe esse velho som tocar nosso blues
Vou chorar por você mais uma noite
Vou chorar essa desgraça de vida
Sem amor, dependente como um cão.
Você me manda ir, e quando quer,
Estou novamente aos seus pés
Um dia eu mudo, e jogo tudo pro ar.
Vou viver minha vida
Longe dessa sua obsessão em me machucar
Então meu coração terá somente as cicatrizes do que foi
Mais hoje não e um bom dia pra isso,
Só quero que você entre novamente por aquela porta
Pra que eu me arraste ate você, como o animal adestrado que
sou.


quinta-feira, 12 de abril de 2012




NUANCE


Os passos, na rua solitária.
O som do meu sapato no solo
Meu corpo vaga, o pensamento flutua.
Aonde vai... Não há indícios
Os pensamentos voam
Minha voz ecoa dentro de mim
Noticias... De você.
Por onde você anda,
Além de estar aqui dentro de mim
Você esta ao meu lado agora amor?
Pensando em mim
De algum lugar distante,
Como notas musicais que se complementam
Onde esta? Tudo oque vivenciamos
Em anos, meses, horas... Mini segundos
O espelho engana?
A vida... Finda?
Vegetais ou seres? Eis a questão do mundo
Seu sorriso, sua voz.
O passado... O futuro que você perdeu.
Passo... Passo... Passos.

terça-feira, 10 de abril de 2012





FIM

Incoerente como o tempo
Estamos sempre sós
E os pensamentos que temos somente nos convêm
Os passos são duplos e nossos
Nossos pés
Minhas pegadas
Meus sonhos... Nulos
Meu grito... Minha dor
Não há um sentido
Não há nenhuma esperança
É minha força, sou eu por mim.
E os passos ficam fracos
O grito já não sai
A mão tremula
Os sentidos que faltam
O veneno acido, no sangue
Os olhos se fecham... Sós
S.O. S
É tarde pra pedir ajuda,
Ultimo suspiro... Solitário... No silêncio... No escuro
E cai o pano.