segunda-feira, 28 de novembro de 2011


BAILARINA



O meu corpo se movia, e era tão triste a musica.
Daquelas de arrancar lagrimas dos olhos
Meu corpo vibrava... Entretanto a musica era tão triste
E quem via achava lindo
E chorava, e sentia toda dor do meu peito.
E essa era a grande ironia
Achar linda a dor que me afligia o peito.





VOCÊ  PRA MIM





Quando fechar os olhos já não é suficiente
Nem a voz artificial no telefone
Nem os toques seco pela tela do computador
Quando faz falta o cheiro, o calor da pele,
Quando a sede , é da sua saliva
E a falta da minha retina, é a do brilho dos seus olhos.
E a falta de suas mãos que repousa em meu rosto... Meu corpo
Quando a falta é de tudo que há em você
E nada mais no mundo supre
Porque é amor de mais, paixão de mais.
E por ser tanto, o pouco já não basta.
Porque te quero inteiro, todo pra mim.




segunda-feira, 14 de novembro de 2011




ÂNSIA



Os passos vagos sobre a areia, as marcas... pegadas.

Cabeça vazia, azia, ânsia do mundo.

A lei da recompensa que me prejudica

Querem minha cabeça na bandeja, e nem é de prata.

Me queimem como bruxa em praça publica

Meus olhos de fogo te seguirão pra sempre

A barganha que você fez com minha alma

De certo minha alma nunca valeu tanto

To cheia do lixo... de você,

Um dia eu tive um sonho

Que podia ser real, mais sonho não existe.

E só miragem, e eu não enxergo nada sobre essa pilha de lixo.

Você me cegou os olhos

Os passos tatuados na areia, tatuagem de hena.

Que a onda apaga pegadas, ânsia de nada... Nada.





sexta-feira, 4 de novembro de 2011





Voltar a ser menina


Ao olhar os olhos seus, penso o que será que esconde os meus.
Sou menina que me olho no espelho e digo
Que garota sem “gracinha”
Tenho alma de menina
Atrevida e insegura
Que não sabe se é,
Nem se quer ser, que tem medo do espelho.
E mais medo ainda, do que há de vir.
Tenho sonho de menina
Sonho de encontrar o príncipe
Que se não vir em um cavalo,
Que venha ao menos na sua bicicleta “que talvez nem seja
branca”
Que não me traga maças, nem me de um beijo pra despertar.
Que venha e faça valer a pena, que mude meu mundo de







 menina  mimada.





























INSANO


A chuva que cai, o barro que suja minha calça jeans.
A agua não lava o barro em minha roupa
Não apaga os pecados do meu corpo
Nem tira o sangue da minha blusa branca
Nos meus olhos, havia morte...
Ninguém ouviu os gritos dos mortos,
Só me viram caminhar sobre os túmulos
De folhas secar e mórbidas vestida de fogo
Sobre os restos mortais,
Que jaz no inferno
Como a fénix que não quis renascer,
Ao longe eu vi as moiras, em seu tear insano.
Tecendo meu destino de espírito selvagem
E eu passei por elas e passei por cima de tudo
De todo desastre, eu carregava a morte em meus ombros.
E ela era bem vinda, como uma amiga de infância.
E eu era somente fogo.





SAUDADE



Nas ruas de pedra
Que impedem meu caminhar apressado
De pessoas que não se falam mais se entendem
Com o olhar
As crianças brincam, correm.
As luzes artificiais
Os sons e cores, o calor.
Ate a chuva e corriqueira
Casais de mãos dadas se beijão
Isso foi um sonho (de ser casal)
Que ficou distante no passado, (esquecido)
No fim do calçadão, o mar me espera de braços abertos.
As jangadas a lua
O cheiro da maresia
O paraíso ao alcance de meus olhos aflitos
Um contraste tão agridoce
Um misto de saudade e alegria
Que acompanham meus passos
Perambulando pelas noites.



quinta-feira, 3 de novembro de 2011



A luz dos olhos teus

Um dia eu verei você, e será como eu sempre sonhei.
Então os sinos vão tocar, e  eu olharei a luz dos olhos teus
Um dia, em uma tarde de calor.
Eu vou deitar com você sobre as grama e ouvirei você ler para

mim
E então olharei a luz dos olhos teus
Um dia eu vou dormir com você uma noite inteira, vou acordar em


 seus braços.

e a primeira coisa que verei ao despertar


seram  a luz dos olhos teus
Hoje eu vou fazer uma prece, para você aparecer logo, pois a luz


dos olhos teus me é vital.
Um dia eu estarei de branco, entrando por uma igreja.
E então olharei a luz dos olhos teus
E serei somente sua, por toda a eternidade da minha existência.
E quando não restar mais nada
Eu ainda terei a luz dos olhos teus
Que me é vital
E amarei você uma vez mais
Olhando a luz dos olhos teus.












Escravidão










Querem calar minha voz
E me fazer crer que o que sou
É uma mentira
Arrancaram meu orgulho
Distorceram meus ideais, e tudo o que eu sou
Eu tentei correr ... desfazer as amarras,
Entretanto era tarde,
Porque eu própria, já havia me atado
Nas suas verdades incertas(mentiras)
Me despi de todas as jóias, e de todas as roupas
Mais suas palavras estavam gravadas em mim feito tatuagem
Eu tentei lutar, tentei continuar sendo eu
Mais não encontrei minha face, nem diante do espelho
O que eu vi, foi uma imagem vazia
Vazia de sonhos, desejos e planos
Não vou dizer que você sugou o que eu era
Porque se eu permiti foi por livre e espontânea vontade
Fui e não consegui voltar
Fui e me perdi em ironias...fiquei aprisionada aos seus conceitos
Às suas meias verdades sobre a vida
Hoje não sei o que eu sou ou o que eu era
Talvez eu seja uma imagem distorcida de você
Dependente mesmo sem querer
Sou um parasita a viver dos seus restos.