domingo, 30 de junho de 2013

BONECA




Gritou um grito mudo
Calado na garganta...
Asfixiada de palavras
Palavras mudas
Shiuuu
Não diga, não pense,
Somente siga...
Se pintando, se vestindo.
Bonequinha de porcelanas,
Quer morar em Paris,
Quer andar pelas margens do Senna,
Quer ser pra sempre sombra...
Vestígio... Tão fútil.
Que nem percebeu que já o é.

ELA



ELA

Ela tentou não cortar os pulsos essa noite
Ela tentou não beber nem fumar
Tentou estar sóbria, de cara limpa
Tentou pensar, em tudo o que havia sido,
Mais não conseguia se lembrar de nada
Amnésia?
E quando doeu ela tentou se recordar de onde veio o ferimento
O buraco em seu peito, como bala
Estava encurralada por seus fantasmas,
Sorrir? E o que era sorrir,
Podia alçar voo, de onde estava
Para os braços do infinito...
Queria ser livre de tudo,
Queria poder não mais
Escutar as vozes que atormentam seu quarto a noite
Mais assim de cara limpa era difícil de encarar os monstros.
E permanecia de olho no espelho,
Esperando o fim.


terça-feira, 23 de abril de 2013

A MENINA





A MENINA

E era ela, menina.
E trazia fogo nos olhos
As mãos cruzadas ao peito
Uma prece?
Não... Ela não quer perdão
Não é um anjo, apesar dos olhos serenos,
Não era criança, nem mulher.
Era assim assexuada,
Tão distante... De tudo
Tão confusa sobre tudo,
Queria ser vento, ou tão somente pó,
Terra infértil,
Não quer perdão, por estar tão errada, aos olhos alheios.
Pois não há um único ser
Que não haja pecado,
Quer por fogo no mundo com seus olhos,
Quer ter a solidão em suas mãos
Nem certo nem errado,
Mundo virado.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Talvez No Nunca



Talvez No Nunca

Um momento.
Calmaria
Seus olhos de gelo
Antes... Ontem
Meu corpo violado, pelas mentiras.
Senti asco, pelas pessoas.
Senti náuseas por pensar,
Eu queria ter queimado
Em você
Um dia foi amor?
Quando?
Quanto tempo perdido
Não me peça para ponderar
Deixe que esse ódio me queime por dentro
Deixe o fogo me consumir
Esqueça... Foi ontem

E as promessas ficaram para nunca mais.






DESPEDIDA



DESPEDIDA


Não deixe que o tempo passe
Pode ser tarde demais
Pode não haver volta
Porque no momento em que a porta se fechar
Por de  trás de você, será o fim.
Eu posso passar minha vida, tentando me curar.
De novo.
Eu posso passar dias entre o cobertor a tv e as lagrimas
Eu posso doer sangrar, ate a ultima gota desse amor.
Mais assim que a porta se fechar será o fim,
Tão perto... Tão longe
Ao alcance de suas mãos, esta o meu amor.
Te entreguei meu coração em chamas
E você me reduziu a cinzas
Você pode me destruir,

Entretanto quando a porta se fechar será o fim






QUESTÕES



QUESTÕES



Perdidos no espaço,
Ninguém sabe se a esperança é real.
Pessoas se vendem tão bem,
Quando almejam conquistar algo
Mascaras?
 Não há nenhuma que dure por tanto tempo
E qual é a importância disso tudo para você?
Você me deu o seu melhor, ou foi o que eu merecia?
Essas questões ecoam em minha cabeça,
Talvez eu não seja boa o suficiente
Talvez eu seja um nada,
O amor é realmente um grande jogo idiota
O que eu sou para você?
Pela primeira vez, não sei quem sou.


Esvaindo



Esvaindo

E como morrem as pessoas
Não de um tipo de morte carnal
Mas  de morte lenta, na alma.
Cicatrizes que não  curam
Lagrimas que não cessam
Eu rezei a Deus e ao diabo,
Para estancar a dor
Para acabar com essa angustia
Que não era suave como outras dores
Era como um tambor a tinir em meu peito
Um som forte, doído, sentido,
Gradativo...
E mais um pedaço da alma, escorre por entre os dedos.
Mais um pedaço morre,
E eu a morrer por inteiro
De um corte habilidosamente letal
De um grama de antraz
Morrendo com meu próprio ar
E quando acabou eu descobri
Que não existe paraíso

 Para pessoas como eu.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ANIMAL





ANIMAL



Então embriagou se

Com a acides e o sal de suas lagrimas

E sentia sede,

Incontrolável, insaciável

Sentia o aroma agridoce de sangue

Seus olhos vidrados

Uma fera... Indomável

O coração não batia,

O pulmão não arfava

O espirito se encolhia,

Desejou ter asas,

Desejou correr para longe

A frieza cobriu lhe o corpo,

Não era tarde, nem cedo.

Não era nada, nem tampouco vida.

Era só escuridão

E seu hálito na noite, sem estrelas.



quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CARNAVAL



CARNAVAL

E então é bem por ai,
Você joga sua vida no ar
Feito confete
E inventa seu carnaval.
Deixa para trás os monstros que atormentam
Eles caem das assas,
E você continua
Não sabe o que te aguarda,
Mais qualquer mal que aja
Será menos ofensivo
Daquele que te prendia,
E você não tinha coragem,
Lembra...
Mais fechou os olhos e partiu,
Foi viver, o desconhecido
Foi ser feliz,
E o tempo passa,
Confetes e serpentinas pelo chão
Acabou,
Já é quarta feira das suas cinzas,
Foi bom o quanto durou.