segunda-feira, 8 de abril de 2013

Esvaindo



Esvaindo

E como morrem as pessoas
Não de um tipo de morte carnal
Mas  de morte lenta, na alma.
Cicatrizes que não  curam
Lagrimas que não cessam
Eu rezei a Deus e ao diabo,
Para estancar a dor
Para acabar com essa angustia
Que não era suave como outras dores
Era como um tambor a tinir em meu peito
Um som forte, doído, sentido,
Gradativo...
E mais um pedaço da alma, escorre por entre os dedos.
Mais um pedaço morre,
E eu a morrer por inteiro
De um corte habilidosamente letal
De um grama de antraz
Morrendo com meu próprio ar
E quando acabou eu descobri
Que não existe paraíso

 Para pessoas como eu.