quarta-feira, 27 de abril de 2011


ABANDONO
a casa cheira a mofo,tudo abandonado,inclusive eu ,levantei da cama ,pela primeira vez,durante essas semanas,olhei uma caricatura num quadro em minha frente,mais a imagem era relevantemente conhecida,os olhos ao menos eu achei que conhecia,forcei a mente a se recordar de quem era aqueles olhos,e me lembrem,eles eram meus,no entanto a imagem do espelho ,em nada se perecia comigo,era uma completa estranha que se punha ai diante mim,com uma cara mais velha e cansada,olhos inchados e vermelhos,passo cómodo por cómodo,sem me atentar a nada,nenhum detalhe,já é dia,mais a casa esta escura,janelas fechadas,cortinas por sobre elas,na cozinha um cheiro azedo,de comida estragada,eu não me recordo qual foi a ultima vez que eu comi,mais não sinto fome,na sala a t.v esta ligada,a quantos dias, eu não recordo,caminho por toda a casa,mais somente a parte de dentro,porque la fora ainda não é seguro pra mim,volto para o quarto,desvio os meus olhos para não encontrar a estranha de olhos amargos que esta no espelho,me acusando,eu já não penteio o cabelo,nem tomo banho,estou com o mesmo moletom velho,e de meias,o armário esta aberto ainda,exalando o vazio que você deixou,já não tem suas roupas la,já nau tem sua presença la,só o cheiro de mofo,do armário aberto e vazio,eu entro dentro do armário,na ânsia de sentir seu cheiro,me fecho dentro do armário,fica ainda mais escuro,ainda mais doloroso,me encolho como um feto,fecho os olhos,tento fazer uma prece,tento desesperadamente lembrar alguma,mais só sei dizer,"Deus faça com que pare de doer",as lágrimas caem,caem,e eu adormeço de novo,sentindo que não estou vivendo,estou apenas seguindo,sendo empurrada para frente,estou tentando sobreviver,sem você.

terça-feira, 26 de abril de 2011


LIBERDADE
nao me pessa para olhar meus olhos
dessa vez eu realmente fui
e nao volto
da vidrassa dessa casa,eu olho a noite la fora
tres cafes fortes,seriasufuciente para me dar insonoia?
nao vou dormir para nao correr o risco
de sonhar com voce,e ter uma racaida
vou me drogar,de toda raiva que voce me fez
ate ter uma overdose,dessa raiva
vou por meus brincos enormes
uma mini saia,porque voce detesta,
vou te olhar com despreso
do alto dos meus cilios posticos
nao vou desfazer minha maquiagem por voce
eu to indo embora
e dessa fez é pra sempre
mais essa noite eu so desejo uma isonia
pra nao me recolher aos braços de morfeu
que me joga nos seus braços,ate os deuses sao crueis
a vodca me faria recorrer a voce com certeza
mais nao sou mais sua escrava branca,submissa e disponivel
onde voce repousava seus pes cansados,
aqui sentada na vidrassa,procuro um meio,que seja
de nao voltar a voce
voce me chama,mais eu vou me libertar
a unica certeza,dessa noite
é que nao te pertenço mais, querido.

sábado, 23 de abril de 2011


 A DOR

Meu coração me condenou
Covarde, se entregou.
Com medo da dor antecipada,
Quebrou tudo, e sofreu antes do combinado.
Rasgou-se de uma dor que não era pra ser sentida
Eu quis ver seus olhos e já não me era permitido
Quis ouvir sua voz mais tive que me contentar com
O arquivo dela aqui na minha mente,
Queria te dar colo mais encolheu minhas mãos
Quis curar sua dor, e nem isso eu pude.
Olho-te por um esquife, de vidro.
Tão longe e tão perto
Mas o longe e tão longe,
E, nem que eu estenda os braços, te alcanço mais.
Queria te abraçar bem forte, e te proteger de tudo.
Mais não posso mais
Tempo, que não passa, e quando passa, destrói.
Tornou-se tudo acido, acabou com tudo.
Não restou mais nada, a não ser, oque eu sinto.
Aqui estragado pelo mesmo tempo

segunda-feira, 11 de abril de 2011



SOLIDÃO
Na folha seca que se desprende um sentido
Tudo tem  destino,
Começo, meio, fim.
O destino da minha retina,
Foi encontrar ao acaso a menina dos teus olhos,
Me ver nesse espelho d'agua,
Como narciso a se admirar no lago.
Me apaixonei pela imagem que eu vi,
Entretanto, não era a minha imagem que se refletia, e sim a sua,
E desde esse dia estou prostrada, sobre sua imagem, te admirando,
Sua voz um vicio, e como todos os vícios, preciso de uma dose mais forte a cada dia,
Para por fim nessa ansiedade de não te ter,
Que acabe com esta abstinência que me tira o sono, seca minhas veias, me petrifica
Esse temporal foi você quem trouxe,
E me deixou aqui em meio á chuva que destelha as casas,
Foi embora, e o que resta, sou eu aqui.
Como um cão abandonado, a espera do dono que não vai voltar.

domingo, 10 de abril de 2011


Procura
quero amar um amor
que seja quente e próximo
como os passos de um bolero
quero sentir,que o amor a paixão
irradiam meu corpo,com seu toque
sentir nos braços dele,que minha busca acabou
que tudo que eu procurei durante toda minha vida
esta ali e me completa,e sendo assim não me falta mais nada
quero amar um amor assim,que faça sentido(ou não)
quero arder em seus braços,e adormecer como uma criança,
ser cuidada,domada,amada...
perder o chão,o ar,a alma
ser dele e me achar completa em ser,
sentir o que jamais senti,incessantemente
quero aprender a amar.

sábado, 9 de abril de 2011


Inusitado

Na melodia da dança, na ponta dos pés.
Na corda bamba.
Cair ou desfalecer?
Ou simplesmente fingir que não sei de nada
Respiração boca a boca,
Sua boca, minha boca, não pare...
Sua mão minha nuca, me puxe.
Meus seios, seu peito, seu abraço.
Pra que roupa?
Minhas pernas, sua cintura.
Te puxo, te solto,te aproximo,te mimo
Te digo oque você quiser
No seu ouvido
Você sabe exatamente o que eu quero que você diga ao meu,
Me incendeia e eu te queimo
Aha e você gosta do meu fogo.
Quer se arder em mim,
Sobre mim, e em mim novamente,
Mais uma vez, e uma vez mais,
Meus dentes seu pescoço,
Destino perfeito
Excitação e mais paixão,
Corpos nus e quentes, sem pudores.
No seu colo em seus braços,
Me faz tua, de novo, e outra vez
Porque mesmo exausta ainda te quero.


Fardo
Eu não peço muita coisa, a não ser o domínio,
Daquilo que me foi dado, minha vida,
Dizer a mim vá para a direita ou vá para esquerda, e realmente ir.
Domínio sobre o ar que me enche os pulmões, sobre as batidas do meu coração.
Há quem diga que eu não tenho coração
Seria bom se realmente eu não o tivesse,
Mais eu tenho e ele é fraco, e você sabe disso.
E como uma aranha você faz sua teia e me envolve em sua trama
E eu com uma falsa visão de liberdade, Ao invés de ir me enrolo cada vez mais em seus nós,
Como uma marionete em suas mãos você me domina, e para não te ver sofrer.
Sofro eu em seu lugar.
Como se em mim fosse doer menos, mania besta de me dar para o abate,
Em uma bandeja para me fatiarem sem do.
Fingindo ser forte, pra você e para todos.
Hoje, provo que sou carne, que sangro e sinto dor.
Seria tão mais fácil, se os dois compartilhassem o mesmo fim,
Ao invés de ficar um arrastando o outro, como um presidiário preso a uma bola de ferro,
Um levando o outro, nas costas como um grande fardo,
No fim morrem-se os dois, um de tristeza o outro de cansaço,
E qual seria a morte menos dolorosa?
Qual seria a morte perfeita e indolor.
Qual seria?