quinta-feira, 27 de janeiro de 2011



selvagem

Ele é assim, selvagem, Livre
Corre, voa sobre as patas,
Se incorporar ao vento, é tão lindo
E tão livre.
Seus olhos destemidos
Seu porte orgulhoso
Que não se abala,
Queria eu ser assim,
Selvagem... Livre...
Destemida,
Vai espírito livre, corra
Aonde meus pés não podem alcançar
Corra ate aonde vão meus pensamentos,
Meus sonhos e medos,
Corra ate sentir que suas patas,
 já não suportam  mais
Corra ate sentir que pode voar
Ate sentir que o vento, flui nas suas veias
Assim como seu sangue nobre
Vai mais adiante, sempre mais
Vai e seja livre, por você e por mim
Um dia se minha alma, fugir de mim
E ela,  puder ser qualquer outra coisa
Gostaria de ser assim. Como você,
Selvagem, livre e indomável

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011



Inspiração

Lençóis, e nossos corpos nus
Em sintonia
Seu corpo se encaixa perfeitamente ao meu
Sua boca brinca, passeia o meu corpo
Você me pega forte, e mesmo tão forte
Suas mãos são tão suaves em mim
Então você me olha, com esses olhos que me queimam
E me fecha em seu abraço
E mesmo se eu quisesse (e eu não quero)
Conseguiria me livrar, de seus braços
Sua pele sobre a minha, me causando arrepios
O nosso ritmo, o seu cheiro, o suor do seu corpo,
Como eu quero...
Quero você.
Cada terminação nervosa do meu corpo
Te chama....
Não me deixe ir embora hoje,
Me prenda a você.
Porque eu tenho medo de sair por aquela porta,
E nunca mais voltar a sentir o que eu sinto agora.
Medo de ir e não te pertencer mais,
Dessa forma natural, no qual meu corpo busca o seu
E te encontra sempre,
Medo de não sermos mais Do jeito que somos
Certos ou errados,
Me deixe ficar, e saciar o desejo que arde minha carne
De forma irracional,
Como se todo o resto, não existisse.
Nesse momento
O mundo se resume
A essas paredes, essa cama, esses lençóis
Nossos corpos nus
E nada mais

sábado, 22 de janeiro de 2011






RENUNCIA
EU QUERO PERDER TUDO CONCIENTEMENTE,
ABRO MÃO DE TUDO E DEIXO VOCÊ IR
SE ESVAIR DE MIM COMO O SANGUE QUE JORRA DE UM PULSO CORTADO
ATE NÃO RESTAR UMA SÓ GOTA DE QUALQUER COISA QUE VOCÊ TENHA SIDO PRA MIM
EU RENUNCIO A TUDO,PRA VOLTAR A SER EU
SEM PENDENCIA OU DEPENDENCIA
QUERO TE PERDER COMO O SUOR
QUE NÃO RETORNA AO CORPO
QUERO TE PERDER CONCIENTEMENTE, E JAMAIS VOLTAR A TE POSSUIR

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

FUGA

UM, DOIS... QUANTOS MAIS IRAO CAIR
UM, DOIS... MAIS UM PONTEIRO DO RELOGIO SE MOVE
E O TEMPO PASSA E PASSA
MEU CORAÇÃO PULSA, SINTO A ADRENALINA
E CORRO COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ
NÃO ESTOU MAIS PRESA EM SUA TEIA
CORRO TANTO QUE JÁ NEM SINTO MINHAS PERNAS
SERA QUE SE EU PARAR
VOCÊ ME PRENDE NOVAMENTE?
MEU CORAÇÃO PULSA AINDA MAIS FORTE,E A MENTE DIZ
CORRA,
POSSO ALÇAR VOO ,VOAR COMO A AGUIA
ME LIBERTAR
NADA MAIS PODE ME PRENDER
NEM CORRENTES,NEM SUAS PALAVRAS
 NEM NADA
FICOU TUDO PRA TRAZ
COMO O PÓ NO RASTRO DE MEUS PES
Desopressão

Meu corpo esta em carne viva,
Estou às voltas, cercadas de arames farpados
Que dilaceram minha carne...
Mais nenhuma dor se compara ao alivio de não te pertencer mais;
Estou machucada, sangrando,
Mais não te pertenço mais,
E isso compensa tudo
Eu te odeio, e esse ódio me faz suportar a dor
Nem sinto mais a dor...
Só de saber que não preciso mais mentir sobre o que eu sinto;
E por mais que meu corpo sangre ou doa,
Eu estou de abandonando, estou partindo
De cabeça erguida;
Eu sangraria ate minha ultima gota de sangue,
Por mais que isso me matasse,
Porque qualquer dor é melhor
 Do que, Ter que te suportar, mais um dia.


VOCÊ

Você se formou aqui dentro de mim,
Fez morada mesmo sem querer
E fez-se então o nó na garganta,
Esse meu respirar pesado, e nervoso
Quando olho em seus olhos,
Querendo, adentrar em sua alma por eles
Não entendo por que meu coração, quer pular pra fora do peito
Toda vez que te vejo...
Queria sim, me perder em seus lábios de tal forma
Que jamais voltasse a me encontrar.
Meu mundo hoje se resume,
A extensão do seu corpo
Aonde me encontro, toda vez que me perco...
Então  me acho em seus braços,
Ouvindo o seu respirar;
O pulsar do seu coração, em meu ouvido
Agradecendo a Deus cada batida.
Sentindo o cheiro de sua pele, não há no mundo perfume igual
E repouso minha cabeça em seu peito
Com um único pensamento
De que se isso não for amor
Não sei então o que é amar


CRISE

Como um bicho enjaulado
Estou aqui acuada
Nesse canto,
Estou tão só, que nem minha alma esta mais em mim
Restou somente esse corpo vazio.
Prestes a gritar, tapo a boca com as duas mãos bem forte
Ninguém pode ouvir,
Então as lagrimas quentes caem  por meu rosto
E eu as amparo antes que toquem o chão
Ninguém pode ver,
E dentro de mim incendeia ódio
E queima como papel picado e álcool
Essas grades não vão cair, eu sei que não vão
E de nenhum lado acho amparo ou ajuda
E  então... Eu forço um sorriso
E desejo imensamente,
Que a mentira, convença
Mentindo um sorriso que não é
Tratando de assuntos secundários
E sendo coadjuvante de minha própria viva

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


NADA DE MIM

Posso quere sentir seus olhos em mim
Seus braços a minha volta
Sua boca a passear no meu corpo
Sussurrando em meu ouvido
Eu quero te sentir assim, meu
Seu cheiro, Seu gosto
Mais não posso pedir para que fique
Não posso exigir nada de você
Porque não tenho nada a te oferecer
A não ser, o que te dou involuntariamente
Nunca será pleno,
Não posso te forçar, a decidir, sofrer depois
Porque o sofrimento sempre vem
E dói,
Tudo o que tenho a te oferecer é esse desejo, que me escapa
Foge ao controle,
É o meu corpo, que anseia o seu
Minha boca que busca a sua,
Sem pretensões ou promessas
o tal sofrimento, que é fato
E mais nada, não tenho mais nada a te oferecer

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Descrição


E como todos os dias, Ela se arrumou, e saiu
Havia maquiado perfeitamente seu rosto de boneca
E estava usando seu perfume favorito,
Trajava uma roupa que deixava aparente suas formas,
Quem a olha de longe a desejava no mesmo instante
Mais seus olhos
Negros, como a noite
E profundo, como um rio de águas turvas
Era um enigma.
E então aquele dia acabou...
E ela retornou, e mesmo não fumando
Acendeu um cigarro, não tinha o hábito de beber
Mais abriu uma garrafa de Martini
Sentou-se no para peito de sua janela, na sacada de seu quarto
No décimo andar.
E quando se deu conta, estava na metade do maço de cigarros
E no fim da garrafa de Martini,
Então começou a se perguntar como seria;
Se jogar da janela...
Quanto tempo demoraria, pra chegar La embaixo?
Será que sua vida iria passar por seus olhos, como um filme, um flash back?
Como todos dizem que acontece quando estamos prestes a morrer.
Então, fechou os olhos e se jogou.
Mais não houve nenhum filme,
Pensou então em como sua vida era medíocre
Abriu os olhos,
Ainda estava no para peito da janela,
E bebia um vinho, cujo nome nem conhecia
Presente de um amigo,
Percebeu que chorava incessantemente
E ao se olhar, no vidro da janela
Viu que toda lagrima fez sua maquiagem escorrer
Fazendo de seu rosto um grande borrão
Um desenho grotesco, mais gostou do que viu, se sentia assim por dentro
Como um grande borrão
Aqueles olhos, ela não reconhecia mais
Tão tristes.
Não havia coragem, nem força para lavar o rosto
Nem para trocar de roupas,
Já não havia lucidez.
Então desceu do para peito, com certa dificuldade
Deitou se no chão da sacada,
E adormeceu, tendo como companhia
Um cigarro, uma garrafa e suas lagrimas

domingo, 9 de janeiro de 2011

Contexto

Tudo segue seu ritmo, dia após dia
As pessoas vão e vem, diariamente
Compram e vendem,
Comem e passam fome,
Em um contraste insano.
Há pássaros e arvores,
Carros e prédios,
E muitos pensamentos, de todos os lados,
Cada um com seus planos e projetos
Para o fim de noite...
De quem sabe um jantar?
Uma festa, cinema?
Ou simplesmente dormir.
E aos poucos o movimento vai cessando,
Mais não finda.
As casas apagam as luzes
E lá ao longe
Onde somente os pensamentos alcançam
Um antigo  casarão arde em chamas,
E é tão belo de se ver;
Suas labaredas alaranjadas, dançando no ar
Como uma bailarina, em um solo perfeito
Queimando as dores
Mais é tão distante...
E os pensamentos assim como as labaredas vão se apagando
Um a um...
Os olhos exaustos então se fecham
Ansiando um novo ciclo
Com novas possibilidades
De quem sabe um dia ser feliz  


enigma


Esta escrito em meus olhos...
Não preciso te dizer nada,
Tudo o que eu sinto já não cabe em mim
Exala pelos meus poros,
Eu te desejo, e não consigo negar
Meu corpo anseia pelo seu
Mais do que deveria;
Entretanto tenho somente,
Seus olhos naquela foto,
Onde repouso os meus,
Toda vez que sinto saudades.
E mesmo quanto eu olho, finjo que não sinto nada
Meu coração...
Pulsam impaciente e forte, no meu peito
Dizendo: Pare de mentir, Sou eu quem manda
E eu o quero, Por isso não me ignore.
E a vontade de te ter ressurge, da onde estava adormecida
E então te quero  ainda mais,
Quero seus lábios, nos meus
Seus braços, em mim
E seu corpo nu, junto ao meu
Isso é tudo o que quero;
E se eu tiver você dessa forma,
Não tenho mais nada a querer ou a  desejar.

sábado, 8 de janeiro de 2011

UM DIA ASSIM


Um dia assim, sem ter o que fazer
Arrumando coisas antigas... Cartas
Tirando o pó dos meus livros
Ouvindo Jorge Vercilo, em seu CICLO
Acompanhando as gotas de chuva
Caírem pelo vidro da minha janela, La fora
Ando pela casa, com meu velho moletom e de meias
Escrevendo vagos versos
A casa parece maior,
Quando to sozinha
Esse dia não acaba
Em um dia assim, sempre tenho lampejos
E imagino mil maneiras pra morrer
De uma forma assim
Insensata, indolor, melancólica...
Como a morte é sempre 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

SÓ POR HOJE

Como reviver o que morreu
Não... Eu não quero suas lagrimas hoje
Só por hoje;
Eu não quero brigar com você
Não quero ser culpada de nada,.
Nem do que eu digo.
Só por hoje, eu quero me isolar
Sem recompensas ou castigos,
Só por hoje;
Eu não quero ser culpada por sua dor ou suas lagrimas,
Só pro hoje, eu não quero te machucar
Ou me machucar.
Só por hoje, não quero sentir essas feridas sangrarem,
Hoje eu quero mais morfina
Não quero que minhas dores doa.
Hoje, quero ficar aqui deitada
Como se todo mundo houvesse cessado
Como se não houvesse mais nada,
Assim anestesiada
Em coma...
Só por hoje.