sábado, 3 de setembro de 2011



 VIRTUALMENTE
Lá fora tem cores, que fogem ao meu preto e branco.
Tem gosto, que se destacam no amargo da minha boca.
La fora o sangue corre, os sonhos vibram.
La fora tem cheiro, tem falas.
Aqui no meu mundo, só existe as teclas do meu teclado frio.
Sem alma, vivendo uma vida em 3D, aquela que acredito ser a
real.
Mais que não passa de um escudo deprimente,
Meus olhos só enxergam as cores e o mundo dessa tela virtual
Enquanto tudo lá fora floresce, aqui eu me entupo de café e
cigarros.
Ou então um destilado bem forte, pra esquecer que estou só.
Me escondo aqui, do mundo real
Me protejo no mundo que eu inventei, e que tanto me feri
Na tela as lágrimas ainda são reais
Só não são reais as promessas, essas nunca são.
Nessas  todos os dias eu juro não acreditar mais,
 mas sempre armo pra mim
A mesma armadilha, e acredito que as lágrimas são somente
virtuais.
Mais não são, nem o coração, nem a alma.
Nada é cibernético... tudo é real, de carne e osso
 sonhos desfeitos, e promessas em vão.