TEMPORAL
O vento varre as folhas que cobrem o chão,
O céu de cor castanho escuro
Sinal de que haverá temporal
A tempestade que vem de seus olhos
Mãos que se largaram... Desencontraram-se
Mais continuam sendo as mesmas mãos
Nossas almas estão condenadas?
A sofrerem eternamente, enquanto houver um sopro de vida em nossos corações.
Ou enquanto houver brasa em nossa alma?
É outono novamente,
Folhas envelhecidas que cobrem o chão
Folhas de cor castanho escuro, como a cor de seus olhos
O vento espalhou seu perfume no ar
O cheiro do passado,
O vento continua a varrer o chão,
Varre meus cacos para debaixo do tapete
Onde ninguém possa me ver em pedaços
Não fomos o que sonhamos
E nem poderíamos ser mais.
As lagrimas vem, serro os olhos, sou mais forte que elas.
Serro os punhos, buscando forças quero ser mais forte que eu mesma.
Entretanto ainda tenho medo do temporal...
O temporal de seus olhos castanho escuro.