CINZAS
É assim todos os dias
Trancada nesse quarto, onde somente há meu silencio
E minhas lagrimas quentes
Meu coração frio,
E minhas mentiras, de que amanha será melhor
Mentiras que ninguém acredita mais, nem eu
Não me julgue sem me conhecer
Não julgue a dor, ou meu vazio
Nem minha simpatia pela solidão
A solidão sabe que eu não gosto dela
Mais dividimos noite após noite,
A mesma cama, fazemos nossas refeições juntas.
E quando eu penso que ela foi embora
La esta ela novamente, me esperando.
Com um sorriso sombrio em seus lábios
Entretanto não julgue minha dor,
Pois ela não e sua, nem minha forma de agir
Ou de me ferir, o álcool dessa noite, corre nas minhas veias
A nicotina que polui meu pulmão, mais não faz minha
cabeça.
A chuva lá fora, não me toca, nem o vento que uiva como
lobo faminto
Querendo devorar minha alma, minha pobre e infame alma.
Uma garrafa a mais, e tudo é esquecido.
Apagado... ate a lucidez voltar,
Trazendo minha amante, a solidão.
Ate voltar a sentir... a dor... a dor.
Ate clarear o dia, e os medos e certezas reinarem
novamente,
Ate não haver mais nada de mim.